Rio Grande do Sul: Em tempos de guerra, a esperança é vermelha!

Página 13 divulga resolução da direção estadual da tendência petista Articulação de Esquerda do RS acerca do 7º Congresso do Partido dos Trabalhadores.

Em Tempos de Guerra, a Esperança é Vermelha

1.Nos dirigimos a cada filiado e filiada do partido dos trabalhadores do Rio Grande do Sul, para saudar a disposição militante que viabilizou a expressiva participação no último Processo de Eleições Diretas do PT e para agradecer, em especial, aos companheiros e companheiras que depositaram sua confiança na tese “Em Tempos de Guerra a Esperança é Vermelha”, onde obtivemos mais de quatro mil e setecentos votos em nossa chapa estadual (4.759) e nacional (4.758).

2.Este resultado é produto do engajamento da militância petista identificada com nossas posições que buscam incidir nos rumos do PT como um instrumento de luta da classe trabalhadora pelo socialismo, pela retomada do trabalho de base, pela superação da situação de abandono dos municípios; pelo engajamento do PT na reorganização de uma frente democrática e popular, como quando nos enfrentamentos e na luta contra o golpe, fazendo oposição radical ao governo Eduardo Leite e Bolsonaro.

3.O PT do Rio Grande do Sul teve um crescimento absoluto no número total de votantes, a contar pelo PED passado, o que significa que em alguma medida aumentou-se em termos absolutos a mobilização da base do PT com as discussões internas. Isso num período de resistência e pós golpe é muito importante, demonstra que somos um partido forte e que estamos de pé.

4.Ao que evidenciamos pouco, ou muito pequenas, foram as “divergências” apresentadas em relação à política do próximo período para o PT. Isso, em nossa avaliação, se dá por que no PT hoje há um grande consenso tático alicerçado em: defender os direitos da classe trabalhadora; derrotar os governos bolsonaro e Leite; libertar e eleger Lula Presidente da República.

5.Contudo, as diferentes interpretações da realidade e as diferentes formulações estratégias acerca do Brasil, da luta de classes e no papel que o PT deve desempenhar, que dão origem a organização de diferentes tendências ou correntes internas no PT não estão superadas. Compreendemos que a unidade tática que hoje possuímos tem seus limites divergentes no como e para que iremos enfrentar os atuais desafios. Dessa forma, listamos os elementos centrais de nossa tese para possibilitar os atuais desafios.

6.Defendemos que o PT somente conseguirá defender e ampliar os direitos da classe trabalhadora, derrotar os governos Leite e Bolsonaro, libertar Lula e voltar a governar o estado do Rio Grande do Sul e o país se alterarmos drasticamente a correlação de forças em favor do nosso bloco histórico. Nesse sentido, compreendemos que não há espaço para uma nova coalizão com a centro direita burguesa e Golpista, e sim para um processo amplo de mobilização dos setores populares em uma forte reconstrução dos movimentos sociais, populares, sindicais e setoriais.

7.Defendemos que o PT lute nesta guerra em curso com o objetivo não somente de voltar a governar o país, o estado e muitos municípios. Acreditamos que devemos vencer para realizar um grande processo de reformas estruturais democráticas, como a reforma agrária, urbana, tributária, política, da comunicação, do sistema financeiro e que se reconstruam a legislação trabalhista e de seguridade social, num processo sempre articulado com a luta pelo socialismo.

8.Para isso precisamos de um Partido com outro padrão de funcionamento, um partido militante que funcione permanentemente. Precisamos iniciar um amplo processo de territorialização do partido através da criação de núcleos por locais de trabalho, estudo, moradia e segmento de militância. Precisamos mais do que CNPJs e condições burocráticas de disputar as eleições, precisamos de um partido forte e atuante na luta social, junto às bases e que seja referência política a classe trabalhadora.

9.Para tanto será fundamental que a próxima direção que será eleita no Congresso Estadual a ser realizado dias 19 e 20 de outubro opere um mais alto grau de unidade partidária. Precisamos começar a construir a unidade da esquerda brasileira dentro de nossa própria organização interna e nos movimentos sociais. Será necessária toda a disposição ao diálogo para que o PT possa ter uma atuação articulada em todas as frentes da sociedade, e processos de divisão como recentemente vistos no movimento sindical de porto alegre devem ser enfrentados com opinião e firmeza pela direção do partido.

10.Será fundamental para vencermos em 2020 aqui no RS que o PT possua capacidade pública de fazer oposição aos atuais governos neoliberais. Será fundamental construirmos candidaturas unitárias da esquerda que capitalizarem e fortaleçam os movimentos sociais e a luta por direitos. Será necessário reinventar o PT de esquerda combativo, que combina a apresentação de um programa político radical, consequente e que ao mesmo tempo denuncia a destruição dos direitos, das liberdades e em última instância a destruição da vida.

11.Por isso entendemos que necessitamos construir um congresso do PT de fato, um congresso que não seja uma simples celebração de uma política construída nas instâncias burocráticas e através de um número restrito de lideranças. Convocamos ao conjunto da militância do PT, em especial os delegados e delegadas eleitos pelas chapas no último dia 08 para fazerem do momento congressual uma oportunidade de debate e formulação das respostas aos desafios que teremos pela frente.

12.Também por conta de todas as questões elencadas acima, conclamamos a base do partido em conjunto com as direções eleitas no último domingo a desde já iniciar um processo de reorganização partidária nos municípios, seja fundando núcleos, organizando atividades de formação, intensificando a campanha pela Liberdade de Lula e construindo o enfrentamento aos governos autoritários e neoliberais.

13.Por todas essas questões reafirmamos nossa disposição de estar a frente da presidência do PT do Rio grande do Sul nessa próxima gestão, reafirmando a candidatura da companheira Ana Affonso, que representa fielmente nossas posições e propósitos e que possui capacidade, liderança e disposição para auxiliar o PT na condução das grandes Lutas que virão. Ana é uma companheira experiente, forjada nas lutas sindicais, foi deputada estadual, vereadora por 3 mandatos e na última eleição viajou o Rio Grande ao lado Rossetto, Paim e Abgail para defender nosso projeto! Ana reúne as condições para a ser a Primeira Presidenta Mulher eleita no PT do Rio Grande do Sul!

Viva o PT, Viva o Socialismo, Lula Livre

Porto Alegre 16 de setembro de 2019.”

Direção Estadual da Articulação de Esquerda do Rio Grande do Sul.

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