Proposta de resolução sobre a participação do PT em frentes

Página 13 divulga proposta de resolução sobre a participação do PT em frentes, apresentada à  Executiva Nacional do PT pela direção nacional da tendência petista Articulação de Esquerda . Hoje, 29 de junho, ocorreu uma reunião da Executiva, no entanto, o texto ainda não foi debatido.

1. O Partido dos Trabalhadores, desde os anos 1980, sempre defendeu a importância de realizar alianças, coligações e frentes políticas. Exemplos disso foram a campanha das Diretas Já, as candidaturas de Lula desde 1989, a campanha do Fora Collor, a frente em favor do presidencialismo no plebiscito sobre sistema de governo, as duas candidaturas de Dilma e a campanha de Haddad, sem falar das campanhas para prefeito e governador.

2. Atualmente, o Partido dos Trabalhadores integra a Frente Brasil Popular e diversas outras iniciativas unitárias, entre as quais a coalizão de forças que apresentou o pedido de impeachment do presidente Bolsonaro.

3. Com base nesta trajetória e em uma avaliação acerca da crise política, o PT reafirma sua disposição de participar de iniciativas de frente contra o fascismo, contra o autoritarismo, contra o golpe e a tutela militar, em defesa da vida, dos direitos e da democracia. E o PT considera positivo que outras forças políticas articulem iniciativas nesse sentido, mesmo quando decidam não convidar o nosso partido a participar.

4. Evidentemente, o PT se reserva o direito de não participar e de não apoiar iniciativas que, embora falem de defesa da democracia, não assumem a defesa do impeachment do presidente da República. O PT quer mais do que o impeachment, queremos o afastamento deste governo e a realização de novas eleições presidenciais. Entretanto, o impeachment de Bolsonaro é a reivindicação mínima de qualquer um que se diga defensor da vida, dos direitos e da democracia.

5. Pelos mesmos motivos, o PT se reserva o direito de não participar e de não apoiar iniciativas que, além de não falar do impeachment, são protagonizadas por cúmplices ativos ou passivos da política ultraliberal, de retirada de direitos, de destruição da economia nacional, de privatização e financeirização. Quem não fala de impeachment e defende políticas antipopulares, não deveria usar o nome da democracia em vão.

6. O PT reafirma sua mais ampla disposição para participar da mais ampla frente com quem efetivamente queira por fim, imediatamente, ao governo Jair Bolsonaro. E convocamos toda a militância para que participe da jornada de mobilizações dos dias 10, 11 e 12 de julho de 2020.

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