O 7 de setembro em Mato Grosso do Sul

Por Mariuza Guimarães (*)

A Agenda do 27° Grito dos Excluídos/as de Mato Grosso do Sul, com o tema “Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já!” teve atos em 4 cidades. Em Naviraí aconteceu uma Roda de Conversa na sede do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentos de Naviraí-MS.

Em Dourados, aconteceu um ato com os movimentos sociais e populares, envolvendo sindicatos, igrejas e outros movimentos locais, na Praça Antenor Martins. Segundo a professora Gleice Jane, liderança sindical e militante da AE-MS:

“Em Dourados, terra do agronegócio, teve ato pró Bolsonaro pela manhã e o grito dos excluídos no período vespertino. Os atos foram tranquilos, sem qualquer sinal de conflitos e revelaram o quão desigual sãos as condições econômicas de quem estava em cada ação. Pela manhã, o ato foi composto por uma carreata, que mais parecia um desfile de carros importados pelo centro da cidade, enquanto que o grito era composto por pessoas de diferentes classes sociais. Ficou evidente que a defesa do governo interessa apenas a burguesia douradense.”

Em Corumbá, aconteceu no Aterro Sanitário uma atividade denominada Momento de Reflexão em Defesa da Vida. Simone Yara Benites da Silva, professora da Rede Municipal de Ensino, Dirigente do Simted Corumbá, militante da AE-MS e da Marcha Mundial de  Mulheres, disse que:

“Em Corumbá houve uma ação solidária, com celebração ecumênica e entrega de alimentos aos trabalhadores e trabalhadoras do lixão, marcando o grito dos excluídos, coordenado pela Diocese de Corumbá. Os movimentos e sindicatos locais optaram por centralizar as ações Fora Bolsonaro em Campo Grande, visto que grande parte dos participantes são trabalhadores e trabalhadoras da educação municipal, onde o dia hoje foi letivo!”

Campo Grande concentrou o maior número de pessoas, com delegações de diversos municípios, representando professores e professoras da educação básica e superior, servidores/as públicos de outras categorias e trabalhadores/as da iniciativa privada. O ato foi organizado pela Frente Brasil Popular, pela CUT e outras entidades da classe trabalhadora, além da Coordenação do 27° Grito dos Excluídos e das Excluídas do Mato Grosso do Sul.

Segundo o companheiro Adilson dos Santos, dirigente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público (CONDSEF) e da AE de Campo Grande:

“As organizações de esquerda fizeram potente e representativo ato político por ocasião do 27° Grito dos Excluídos. Trabalhadores, juventude, indígenas, agricultores familiares, sem-terras, militantes dos direitos humanos, artistas, pastorais sociais e servidores públicos, além de outros movimentos sociais tomaram as ruas e praças do centro da capital Campo Grande para denunciar o genocídio, a corrupção e a inflação causados pelo governo Bolsonaro, além de exigir vacina para todos, comida, empregos, democracia e Fora Bolsonaro!”

Importante salientar que desde a semana anterior ao ato circulou diversas notícias sobre a pretensão de violência por grupos de direita, fechamento de estradas e outras, com o intuito de intimidar e coibir a participação da classe trabalhadora. Entretanto, prevaleceu a consciência de que, se não houver luta agora, em breve não será mais possível derrubar esse governo genocida, porque não haverá mais liberdade de ir às ruas. Somente a luta garante direitos!

Mariuza Guimarães é vice-presidenta do Sindicato de Docentes da UFMS, dirigente da AE e do PT de Campo Grande-MS.

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