Em defesa da democracia interna e da vitória do PT na Bahia

Por Cristiano Cabral

Ao Diretório Estadual do PT,

“….queremos construir uma estrutura interna democrática, apoiada em decisões coletivas e cuja direção e programa sejam decididos em suas bases”, trecho do Manifesto de Fundação do PT.

Considerando a desistência formal do pré candidato, aprovado em Encontro Partidário;

Considerando que, histórica e estatutariamente, a definição da tática eleitoral no PT deve se dar através de um processo de debate democrático com a militância ;

Considerando a chacina da Gamboa, ocorrida no Carnaval;

Considerando a insistência do Governador Rui Costa em aprovar projetos na Assembleia que culminam na privatização da tentativa das águas;

Considerando a persistência na incidência de militarização nas escolas estaduais:

Considerando o trato autoritário com o trabalhadores do setor público;

Considerando a convocação de Reunião do Diretório Estadual com a pauta “tática eleitoral” num contexto de ampla divulgação midiática por lideranças petistas de que a “chapa majoritária” será anunciada no dia 13/03 (mar), ou seja, sem a devida garantia democrática de participação militante;

O militante petista, que esta subscreve, apresenta as seguintes propostas à reunião do Diretório Estadual a ser realizada em 12 de março de 2022:

1.O Diretório Estadual deflagrar, ante a desistência de Wagner, o processo democrático de definição da tática eleitoral, com a previsão de prazo razoável para inscrição de pré candidaturas, debate programático e posterior realização de Encontro de Tática Eleitoral;

2.O Diretório Estadual repudiar a chacina da Gamboa e exigir do Governo do Estado todas as providências demandadas pela comunidade e movimentos sobre o tema;

3.O Diretório Estadual repudiar o alarmante desempenho mortífero da Polícia Militar baiana que foi alçada à condição de segunda maior matadora da população negra no Brasil;

4.O Diretório Estadual anunciar o compromisso público com a classe trabalhadora baiana com a defesa da vida do povo contra o genocídio estatal armado e, assim, comprometer-se com uma nova política de “segurança pública” construída a partir de diálogo com movimentos sociais e a população negra;

5.O Diretório Estadual repudiar os projetos de iniciativa do governo estadual em relação a EMBASA, exigindo que o Governador Rui Costa retire os projetos de tramitação, sob pena de se constituir falta grave com os deveres partidários;

6.O Diretório Estadual repudiar qualquer participação militar no ambiente da educação pública baiana, exigindo do governo que reveja a presença militar nas escolas. Afinal, o que urge é “freinianizar” a educação pública.

Salvador/BA, 11 de março de 2022.

Cristiano Cabral, militante do PT em Salvador.

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